No século XII começou a conquista inglesa do território irlandês pelo rei Henrique II com o objetivo de aumentar seu poder, uma vez que, a nobreza irlandesa tornava-se vassala do rei e conseqüentemente passava a lhe dever benefícios. Esse domínio contudo, retraiu-se nos séculos XIV e XV, período de crise decorrente da Guerra dos Cem Anos (1337 - 1453); e da Guerra das Duas Rosas (1455 - 85). Com a Dinastia Tudor, o poder centralizou-se, uma característica a se destacar foi a intolerância religiosa. A manutenção do catolicismo por parte dos irlandeses tornou-se uma forma de contestar o domínio inglês. A situação de exploração e miséria, e de imposições político-religiosas determinou o início de uma grande rebelião em 1641, violentamente reprimida pelas tropas de Oliver Cromwell, quando então, a maior parte das terras passaram para a mão dos ingleses. Após a derrota os irlandeses voltaram a viver um período de miséria e de perseguições, responsável pelo desenvolvimento de um maior sentimento nacionalista e católico, uma vez que a repressão inglesa passou a estar associada à religião "protestante". Em 1829, um movimento nacionalista e popular conquistou alguns direitos políticos e civis para os católicos, que poderiam ocupar a maior parte dos cargos públicos, apesar da manutenção do voto censitário. Entre 1847-48 o país foi assolado pela fome e por uma epidemia de tifo, responsáveis pela morte de aproximadamente 800.000 pessoas.
Em 1905 foi fundado o Sinn Féin (nós sozinhos) importante movimento nacionalista que se propunha a lutar pela soberania da Irlanda de forma legal e que, com grande apoio popular, elegeu em 1918 a maioria dos deputados irlandeses ao Parlamento Britânico. Ele proclamou unilateralmente a independência da Irlanda, provocando a reação inglesa e de grupos protestantes. Depois de dois anos de conflitos, em 6 de dezembro de 1921, foi assinado um tratado pelo qual a Irlanda ( com exceção do Ulster) tornou-se um Estado independente, porém considerado ainda como domínio da coroa inglesa. A independência completa foi obtida a partir da Constituição de 1937, quando a Irlanda passou a denominar-se EIRE, desvinculando-se completamente da monarquia britânica; porém essa situação somente foi reconhecida pela Inglaterra em 1949, que concedeu autonomia ao Ulster, que passou a denominar-se Irlanda do Norte.
As negociações de paz iniciadas em 1990 fizeram com que o IRA anunciasse a deposição de armas em 1998. Contudo, a resistência de alguns integrantes dificultou essa desistência que só aconteceu em 2005. Desde então, os ex-combatentes do IRA tem atuado junto ao partido Sinn Féin ("Nós Mesmos").
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Bibliografia
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