Você estudou na melhor escola, com os melhores professores e foi a representante de classe. Teve as melhores oportunidades, graças aos seus incríveis pais. Você sabia disso e aproveitou-se, batalhando para aproveitar ao máximo elas em todos os segundos. Deixou eles orgulhosos. Não é que vocês nunca discordaram, é só que essas discordâncias eram pequenas demais para você se dar ao trabalho de se impor. E, pra dizer a verdade, você queria seguir os passos deles.
Daí, você se cansa.

Não foi um evento, não foi uma pessoa, não foi uma coisa grande, foi só você que - de uma hora pra outra - resolveu seguir outro caminho. O problema é que você não sabe qual. Então você passa a gritar, bater o pé e se impor, mas depois muda de ideia porque - afinal - esse caminho não existe. Tu se jogas e decidi ser emotiva, porém, no outro dia acorda e se sente um perfeito INTJ. Então, finalmente, você consegue formar as dolorosas palavras: "Eu não sei quem eu sou".
A verdade é que eu não quero saber quem eu sou. Hoje, eu só quero me impor: quero tomar minhas decisões (que, em meia hora, chamarei de erros). Não é que eu deixei de ser a garota certinha da sala, é só que - por alguns momentos - eu também sou a maluca que se embebeda e decide não estudar porque lembrou de quando o melhor amigo de infância dela resolveu não estar mais lá.
Sabe o pior? Depois de um tempo você passa a gostar
desse não saber, dessa vida sem rumo, e é exatamente nesse momento em que alguém vai fazer você querer guiar seu rumo pra junto dele.
Daí, fudeu.
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